A experiência… de novo!

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Por Ana Artigas

“Quando valoriza-se a experiência, os talentos ficam em segundo plano.”
Graças ao novo momento da economia brasileira, a taxa de desemprego no país continua caindo. Mas isso não quer dizer que o modo de contratar mudou. Sabe-se que a experiência continua sendo preponderante às características de personalidade na hora da escolha do profissional. E esse fato não é muito contestado.
A Caliper, em 50 anos de atividade auxiliando diversas empresas a selecionar as pessoas certas para as funções certas, já confirmou que dar mais valor à experiência em detrimento das características de personalidade pode facultar a colocação de pessoas erradas nos lugares errados. Ou deixar de contratar um profissional jovem, com um perfil brilhante, mas sem experiência.
Há um tempo, estava sendo enviada por e-mail uma declaração um tanto quanto original sobre a experiência de um candidato jovem. Veja alguns trechos:
“Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o fôlego, já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado. Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés para fora. Já passei trote por telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo, já fiz confissões, antes de dormir num quarto escuro, para o melhor amigo. Já confundi sentimentos, já peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi em árvore para roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor. Já gritei de felicidade, já roubei rosas num jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre. Já chorei por ver amigos partindo. Foram tantas coisas feitas, e agora um formulário me interroga: Qual sua experiência?”
Isso pode ser considerado experiência? Que aprendizado se quer buscar nos anos de experiência do candidato?
Pelo texto, pode-se constatar, ao menos, que o candidato é original. E com a aplicação de um perfil de personalidade, como o Caliper, poderíamos averiguar suas características mais fortes e perceber que ele tem potencial e pode assumir algum cargo chave, de liderança, talvez. E pode-se confirmar sua segurança para expor situações pessoais sem medo, clareza na comunicação, criatividade, persuasão e outras tantas características que podem fazer dele um líder nato, sem que precise de muita experiência anterior.
Anos de experiência podem significar somente um ano de atividade efetiva repetida diversas vezes.
Por outro lado, pela falta dela, todos os dias, jovens recém-formados, ou não, mas que não possuem os “anos de experiência”, acabam sendo rejeitados em diversas funções em empresas de todo o país.
Assim, torna-se de fundamental importância “quebrarmos” o paradigma da experiência e começar a olhar além dos anos mil rodados. Nesse “além” estão os talentos, “pedras” verdadeiras que precisam ser lapidadas sem dúvida, mas que se encaixam perfeitamente no espaço da função e nas necessidades requeridas pela empresa.
Na próxima vez que for selecionar um profissional, pense duas vezes antes de perguntar quantos anos de experiência ele tem. Em vez disso, pergunte quantos anos ele está disposto a ter. Com certeza a qualidade do seu processo seletivo vai melhorar.
* Ana Artigas é Diretora de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento.

Sobre a Talogy

Nós somos a Talogy. Os especialistas em gestão de talentos. Elaboramos soluções que analisam, selecionam, desenvolvem e engajam talentos em todo o mundo. Ao unir os principais psicólogos, cientistas de dados, desenvolvedores e consultores de RH, reunimos o poder da psicologia e da tecnologia para que você possa tomar as melhores decisões sobre pessoas orientadas por dados sobre pessoas. Com mais de 30 milhões de avaliações entregues todos os anos em mais de 50 idiomas, ajudamos os clientes a descobrir o brilhantismo organizacional.

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